RAUI – REMOÇÃO DE ABELHAS EM ÁREAS URBANAS E INDUSTRIAIS.

Grupo de estudos – Associados APACAME.
Edson Timóteo Soares CPF – 122 004 428 82 – Paulo Cezar Alves de Souza CPF – 181 917 622 34 – Orlando José de Liberato CPF – 971 349 458 04

As abelhas Apis Melíferas africanizadas no Brasil se adaptaram muito bem, devido ao clima e a grande oferta de alimento na natureza. Com tamanho continental, possui vastas regiões privilegiadas de muita vegetação nativa, assim também como, áreas de grande densidade populacional urbana, industrial e rural. Instalam-se em locais variados, sendo na cidade, os telhados de maior preferência. Nas industriais, no entanto, ocupam áreas e situações que só ocorrem em ambiente fabril. Já na área rural, nidificam em árvores, cupinzeiros, barrancos entre outros locais.

A apicultura é tradicionalmente conhecida por ser uma atividade de manejo das abelhas africanizadas com o intuito de produção de mel, pólen, própolis, geleia real e cera. No entanto, com o passar dos anos, novas técnicas como polinização de lavouras, Apiterapia e remoções de abelhas tem-se destacado como novos ramos e opções de renda para o apicultor. As técnicas de manejo, porém, são voltadas para o manejo de colmeias em ambiente controlado. Este ambiente consiste apenas nos enxames, o apicultor e uma grande área de vegetação ao entorno com distância segura de qualquer instalação rural ou fluxo de pessoas e animais.

A atividade apícola nas cidades e indústrias se limita à remoção de abelhas. No entanto, as técnicas e comportamento dos apicultores que comumente realizam esta atividade, ainda continuam a mesma utilizada no apiário, sem o devido preparo para o ambiente urbano, muito menos para o local industrial onde além da característica fabril, existem as especificidades inerentes a cada seguimento da empresa, podendo envolver desde inflamáveis, químicos, contaminantes, ambiente confinado, trabalho em altura e energizados.

O vestuário apícola foi projetado para atender a necessidade do produtor no campo, dificultando a utilização em determinadas situações de captura, por exemplo, trabalho em altura e ambiente confinado. Outro agravante, é o fato de que o Ministério do Trabalho, tirou a necessidade do registro de Certificado de Aprovação-CA para as vestimentas apícolas deixando de ser consideradas EPI. Esta situação se torna um problema para o setor de segurança dentro do ambiente fabril, por exemplo, pois tornou-se uma situação totalmente atípica as normas internas, o que pode gerar demora no atendimento por parte do especialista em remoção de abelhas.

A falta de legislação não só para a atividade de apicultor produtor, mas também de RAUI, permite que pessoas sem o devido preparo, muitas vezes sem conhecimento algum, estimulados pela possibilidade de renda como prestador de serviço retirando abelhas de casa, apenas comprem a roupa e se coloquem a si e a todos ao redor a riscos. Inclusive órgãos públicos acabam caindo no engano e contratando ou indicando.

OBJETIVOS

Neste documento focamos na atividade de Remoções de Abelhas em Áreas Urbanas e Industriais –RAUI, tendo em mente a necessidade de darmos o devido valor a essa atividade que se tornou após a Africanização das Europeias que no Brasil foram introduzidas, extremamente necessária para preservar a segurança de pessoas e animais que convivem no mesmo ambiente, além de proteger as abelhas de manejos inadequados.

O presente documento tem por finalidade solicitar a Criação de um grupo de discussão dentro da Confederação Brasileira de apicultura já para o próximo Congresso Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura-CONBRAPI;

Discutir formalização de atividade de RAUI;

Discutir normas de remoção segura;

Discutir a criação de EPI’s para a prática de RAUI;

Valorizar o Apicultor que se especializar em RAUI.