CADÊ A CBA

Joail Humberto Rocha de Abreu – Economista, administrador, consultor, ex-presidente da CBA

Cadê a nossa Confederação Brasileira de Apicultura – CBA? Ainda existe? Ou é só “palanque”? Há dezesseis anos que não se conhece nenhuma comunicação por meio de “Boletim Informativo” (Art. 8° letra f).

As “Carteiras de Apicultor” deixou de ser entregues pela CBA (Art.11 letra i), com grandes prejuízos para os apicultores e a perda de identidade profissional na atividade apícola.

Alguns Estados brasileiros exigem a “carteira” para os apicultores poderem fazer a migração das colmeias, a falta delas tem dificultado o trabalho dos apicultores. Algumas Associações têm fornecido declarações, para continuarem o trabalho.

Nos encontros de apicultores, tem desconto quando apresentam as “carteiras”, na falta delas aumenta o custo dos apicultores para participarem de eventos apícolas.

Muitas “carteiras” foram solicitadas e pagas, mas nunca foram entregues. A insatisfação dos apicultores é geral e compreensiva, em quase todos os Estados.

O Congresso Brasileiro de Apicultura, em Brasília, transferido devido a pandemia de covid, ninguém sabe quando vai acontecer, já estamos no meio do ano e nada está sendo organizado e divulgado.

A gestão do atual Presidente termina em maio de 2022, sem data pré-estabelecida, pois a Assembleia Geral Ordinária, para eleição, deve ocorrer durante o Congresso Brasileiro de Apicultura (Art. 46), que pelo Estatuto deve ser em maio.

A CBA continua desestruturada de suas obrigações e responsabilidades, sem gestão administrativa. Presidentes de Federações não conhecem a responsabilidade que tem em conduzir suas decisões e obrigações.

Temos Federações e associações com Registro na Dívida Ativa, devendo grandes importâncias, cuja responsabilidade fica no CPF do Presidente, com bens bloqueados.

Muitas vezes assumem dívidas com a Receita Federal por não declararem o Imposto de Renda, mesmo nulo, no CNPJ da associação ou a transferência de titularidade do CPF por motivo de sua indicação para gestor da associação.

Os eventos da CBA deveriam ter palestras, feitas por auditores ou representantes dos órgãos de fiscalização para orientar os presidentes de associações e federações de suas responsabilidades perante o fisco.

Entendo que para sobrevivência representativa da CBA, ela precisa ter uma gestão administrativa com um CEO (Chief Executive Officer), um CFO (Chief Financial Office), um CTO (Chief Tecnology Office), um Complience e pessoal administrativo.

Esta é uma estrutura administrativa atual e moderna de todas as empresas de gestão.

Não deixaremos de ter um presidente e uma estrutura representativa de associativismo apícola, mas sim uma gestão com maiores controles administrativo e financeiros com cobrança de responsabilidades.

Recursos serão indispensáveis, mas com criatividade, interesse e dedicação na busca de convênios, certificações, apoio financeiro e de logística de diversos órgãos e principalmente Marketing poderemos atingir nossos objetivos de salvar a CBA para cumprir o papel que lhe cabe.