ASPECTOS DA MELIPONICULTURA NO ESTADO DO CEARÁ

Luiz W. Lima-Verde1, Jânio A. Félix1, Breno M. Freitas11Departamento de Zootecnia – CCA, Universidade Federal do Ceará. – limaverdelw@yahoo.com

Figura 1 – Meliponário rústico com colônias em cortiços na horizontal (troncos de madeira) e mel da abelha jandaíra (Melipona subnitida) envasado da forma tradicional em recipientes reutilizados.
Figura 1 – Meliponário rústico com colônias em cortiços na horizontal (troncos de madeira) e mel da abelha jandaíra (Melipona subnitida) envasado da forma tradicional em recipientes reutilizados.

A meliponicultura é entendida como a criação de meliponíneos nas suas diversas formas: profissional, amadorista, educativa e com fins de pesquisa, tanto no meio rural, quanto no meio urbano. Envolve, portanto, o grupo dos meliponíneos, que são espécies de abelhas sociais (vivem em colônia) pertencentes à família dos Apídeos, nativas das regiões tropicais do planeta, e conhecidas popularmente no Brasil como abelhas nativas, abelhas sem ferrão, abelhas nativas sem ferrão e abelhas indígenas sem ferrão, por possuírem ferrão atrofiado. O termo “meliponicultura” foi designado pelo Prof. Paulo Nogueira-Neto em 1953 em alusão à subfamília Meliponinae que engloba essas abelhas.

Os meliponíneos no Ceará

Os meliponíneos tem sido pouco estudados no estado do Ceará. Até o início deste século, os meliponíneos descritos para o Ceará se resumiam a 31 espécies relatadas nos levantamentos realizados por Ducke (1907, 1908, 1910, 1911), Rocha (1950) e Gonçalves (1973). Mas essas publicações foram oriundas de estudos pontuais feitos por amostragens ocasionais devido o pouco interesse científico sobre essas abelhas e as dificuldades de deslocamento existentes no estado em décadas passadas. As informações eram tão inconsistentes que até trabalhos recentes apresentavam uma diversidade menor de abelhas para o estado, 29 e 26 espécies segundo Camargo e Pedro (2013) e Pedro (2014), respectivamente.

Somente com o advento do século XXI e o crescente interesse despertado pelas abelhas sem ferrão, um número maior de estudos sobre essas abelhas passaram a ser feitos no estado, e novas ocorrências de meliponíneos e até espécies novas começaram a ser descritas: o primeiro relato de ocorrência de Melipona quinquefasciata no Nordeste (Lima-Verde & Freitas, 2002); um detalhado capítulo de livro revisando as abelhas descritas por Ducke nos estudos acima citados, que incluíam meliponíneos (Westerkamp et al., 2007); um levantamento da flora e espécies de meliponíneos associados no Maciço do Baturité (Lima-Verde, Loiola, & Freitas, 2014; Lima-Verde & Freitas, 2019), uma primeira ocorrência de Lestrimellita rufa (Mascena et al., 2017), e duas novas espécies, Scaura sp. nov. (Nogueira et al., submetido) e Paratrigona sp. nov. (Oliveira et al., submetido). Finalmente, uma atualização dos meliponíneos ocorrendo no Ceará está sendo preparada por Felix & Freitas (em preparação) com 50 espécies já catalogadas. No entanto, a riqueza de espécies de meliponíneos no estado pode ser ainda maior do que a descrita até a presente data.

A meliponicultura no Ceará

No território cearense, a meliponicultura, como em toda a região Nordeste do Brasil, basicamente destaca-se pela sua secular existência e prática sobretudo em moldes com tecnologias mais simples, ou seja, a criação no sistema tradicional com colmeias rústicas, pouca higiene na extração do mel e quase nenhum cuidado com as colônias ao longo do ano. Em geral os criatórios são estabelecidos nos alpendres e nas laterais das casas residenciais das propriedades rurais, com a utilização de colmeias dos tipos caixas rústicas de madeira ou troncos de árvores, dispostas horizontalmente. Alguns meliponicultores acomodam as colmeias em pequenas coberturas de telhas nas proximidades das casas (Figura 1).

Em todo o estado, as práticas de coletas de colônias nos ambientes naturais foram mais ou menos as mesmas. De um modo geral constituía na derrubada da árvore onde se achava alojada a colônia, na abertura do tronco e na extração do mel e da cera para consumo. Normalmente o pólen (saburá) era considerado coisa ruim e deixado de lado. Neste sistema, após a coleta do mel, o restante da colônia era abandonado e, somente em alguns casos, os troncos habitados eram levados para casa quando já existiam criatórios estabelecidos.

O mel, embora usado para consumo, era muito procurado como remédio, o que ainda hoje é, e em alguns casos, como no sul do estado, era muito usado no fabrico de bebida fermentada (meladinha) para consumo durante os festejos juninos.

A cera foi de muita utilidade como amaciador de cordões e correias finas de couro no fabrico dos arreios cavalares (celas, cabeçadas e cabrestos), bem como, em outros usos domésticos, como no fechamento de latas (antigas latas de querosene) muito utilizadas no armazenamento de produtos agrícolas. Há alguns anos, a cera dessas abelhas foi introduzida no Herbário EAC da Universidade Federal do Ceará para a fixação das exsicatas na folha de cartolina. Essa prática foi um sucesso, haja vista que o material botânico fica bem firme, devido a maleabilidade da linha, e facilita a execução do nó. Por outro lado, como a linha fica de coloração amarronzada com a passagem da cera, não se destaca no quadro da exsicata porque geralmente se confunde com a cor escurecida dos ramos.

Nos criatórios em cortiços ao redor de casa e mesmo em colmeias rústicas, o processo de coleta do mel de um modo geral caracteriza-se, ainda, pelo sistema de perfuração dos potes dentro da colmeia ou pelo recurso de espremê-los fora já diretamente sobre um pano de coar colocado geralmente numa panela ou balde de plástico. O mel proveniente da perfuração dos potes é escorrido da colmeia também sobre um coador aderido a uma vasilha. Em seguida esse mel é engarrafado, não havendo neste processo, muita preocupação quanto à higiene do produto nem quanto à boa apresentação do vasilhame utilizado (Figura 1).

Figura 2 - Dr. Paulo Nogueira-Neto com estudantes cearenses em sua fazenda Aretuzina, em São Simão, estado de São Paulo.
Figura 2 – Dr. Paulo Nogueira-Neto com estudantes cearenses em sua fazenda Aretuzina, em São Simão, estado de São Paulo.

Mas, com as novas tecnologias de manejo desenvolvidas e postas em prática desde o advento das publicações do Prof. Paulo Nogueira-Neto, sobretudo a partir da década de 1970, muitos meliponicultores passaram a usar modelos de colmeias racionais e manejos mais adequados para as colônias. O próprio Prof. Paulo Nogueira-Neto influenciou muito a modernização da meliponicultura no estado, inclusive orientando meliponicultores e estudantes cearenses (Figura 2).

Atualmente está muito em uso no Ceará o modelo de colmeias INPA que facilita a divisão de colônias e a extração higiênica do mel e de outros produtos, como pólen. Nesses casos, os meliponicultores são bem organizados, tanto na criação, com meliponários bem estruturados, quanto no sistema de coleta do mel de forma mais higiênica, como por exemplo, com o uso de bomba elétrica (Figura 3). Após a colheita, o mel é submetido aos processos de decantação e de maturação (parece que esse sistema vem sendo o mais utilizado). Geralmente nessas circunstâncias os meliponicultores já agregam valores aos seus produtos e utilizam recipientes bem atrativos e com rótulos (Figura 3). A comercialização do mel, de um modo geral, tem sido diretamente com o consumidor e também através de exposições agropecuárias e das feiras tradicionais dos municípios. O uso do pólen, comercialmente, ainda é bastante limitado em decorrência da pouca procura. Esse produto é mais utilizado para a alimentação das colônias.

Figura 3 - Meliponário racional com colmeias do modelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia) e mel da abelha jandaíra (Melipona subnitida) envasado em recipientes adequados, lacrados e rotulados.
Figura 3 – Meliponário racional com colmeias do modelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia) e mel da abelha jandaíra (Melipona subnitida) envasado em recipientes adequados, lacrados e rotulados.

Regiões meliponícolas do estado do Ceará

No Ceará, dada as suas condições geográficas, climáticas e de tipos de vegetação do seu território, a meliponicultura apresenta algumas particularidades que lhes são bem características em função desses condicionantes ambientais.

Para uma melhor compreensão vamos dividir o território cearense em três feições fisiográficas distintas, cada uma com suas características ambientais próprias, conforme expõe Fernandes (1990): litoral, sertão e serranias.

Litoral

O litoral, com uma faixa de mais de 500 km, apresenta clima quente (média de 28oC) e período chuvoso entre janeiro e maio com média pluviométrica de 1200 mm. A cobertura vegetal é referida como o complexo vegetacional litorâneo, devido a ocorrência de vários tipos de vegetação, destacando-se como principais o cerrado, as matas dos tabuleiros (uma parte subperenifólia, arbórea, na encosta e abaixo das dunas e uma caducifólia, arbustiva-arbórea, posterior que atinge os limites da caatinga) e os manguezais.

A meliponicultura, na zona litorânea utiliza espécies como o canudo (Scaptotrigona aff. depilis, Scaptotrigona sp.); a cupira (Partamona seridoenses); o mosquito (jati) (Plebeia flavocincta) as quais alguns meliponicultores tem interesse pelas características do mel e do pólen; e a jandaíra (Melipona subnitida) que também adentra nas áreas vegetadas do litoral dada a proximidade do sertão com a vegetação de caatinga.

Espécies como a moça-branca (Frieseomelitta doederleini) e o breu (zamboque) (Frieseomelitta varia), que ocorrem no sertão e em partes de áreas das serranias e que, possivelmente ocorreram ou ainda estão presentes no litoral, são espécies que também são exploradas nos meliponários locais, em muitos casos trazidas de outras áreas.

De um modo geral tem-se verificado que é no litoral onde há a maior concentração de meliponicultores que criam diversas espécies provenientes de outros ecossistemas onde se destacam, sobretudo, a tiuba (M. compressipes fasciculata), o uruçu-nordestino (M. scutellaris) e o uruçu-amarelo (M. flavolineata).

Sertão

O sertão compreende o que chamamos de depressão sertaneja em decorrência de sua área localizar-se em altitudes mais baixas (100-150 metros). Ocupa mais de 70% do estado, apresenta clima semiárido com temperatura média de 28oC e um período chuvoso de 3-5 meses (janeiro-maio) com 400-700 mm de chuvas anuais. A vegetação típica é a caatinga.

No sertão há uma predominância dos criatórios utilizando principalmente a jandaíra (M. subnitida) espécie que apresenta ampla distribuição neste bioma. Outras espécies, como a manduri (M. asilvai), a moça-branca (F. doederleini), o breu (F. varia), o mosquito (Plebeia flavocincta) e a cupira (Partamona seridoenses) também são exploradas, porém, em menor quantidade.

Serranias

As serranias cearenses compreendem as serras cristalinas (serras acidentadas) e as serras sedimentares (chapadas).

Serras cristalinas

As serras cristalinas podem atingir altitudes um pouco acima de 1000 metros (1114 m na serra de Baturité). Com clima mais ameno e úmido, as temperaturas médias podem alcançar valores entre 20-25oC e as precipitações variam entre 1000-1800 mm, com distribuição entre os meses de janeiro e maio-junho.

Nas suas cotas acima dos 500-600 metros acha-se estabelecida a vegetação de mata atlântica (mata úmida e mata seca) e abaixo a caatinga.

As espécies de abelhas mais utilizadas nesses locais são o canudo (quatro espécies), o uruçu-amarelo (M. flavolineata) (até agora somente no maciço de Baturité), o camuengo (iraí) (Nonnatrigona testaceicornis), a cupira (Partamona seridoenses e P. aff. cupira), a moça-branca (duas espécies), o breu (F. varia), o mosquito (duas espécies) e a jandaíra nas áreas voltada para o sertão em altitudes abaixo dos 500-600 m.

Serras sedimentares

Nas serras sedimentares mais elevadas, as altitudes atingem em torno de 900 m e o clima também é mais ameno e úmido com temperaturas e precipitações semelhantes às serras cristalinas. Encontram-se mais predominantemente ocupadas pelos cerrados, cerradões e pela vegetação do carrasco podendo ocorrer, em alguns locais, pequenas manchas de mata atlântica.

Nas áreas de chapadas, a meliponicultura também utiliza espécies de canudo (quatro espécies), mosquito (Plebeia flavocincta), a cupira, a moça branca, o breu, o uruçu-do-chão (Melipona quinquefasciata), raramente a jataí (Tetragonisca angustula) e, ao norte do estado, no planalto da Ibiapaba, o uruçu-amarelo (M. mondury). O uruçu-do-chão, embora com um grande potencial zootécnico, não se tem ainda um manejo bem definido para a sua exploração racional. Seu mel é bastante procurado, mas a extração ocorre através da retirada extrativista exercida por meleiros.

Na encosta e áreas imediatas da chapada do Araripe, no sul do estado, ainda ocorre uma espécie de mandaçaia (Melipona mandacaia) que foi bastante explorada até meados do século passado e hoje acha-se em grande risco de extinção em decorrência de seu espaço restrito nesta microrregião e da continuada coleta de colônias nas matas.

Perspectivas da meliponicultura no Ceará

O surgimento da Associação Cearense de Meliponicultores e a abnegada devoção de alguns criadores tem aos poucos mudado o cenário da meliponicultura cearense, modernizando-a e capacitando produtores. Neste momento, os meliponicultores estão tentando regularizar a meliponicultura no estado do Ceará através de uma lei que possa facilitar esta atividade entre todos os interessados e, sobretudo, entre os pequenos agricultores que há muitas décadas têm se dedicado à criação dessas abelhas como uma fonte complementar de renda.

Finalmente, o reconhecimento dos meliponíneos como importantes polinizadores não somente de flora silvestre, mas também de culturas agrícolas, tem levado a estudos visando identificar as espécies mais adequadas aos cultivos a céu aberto e protegidos que existem no estado, bem como o desenvolvimento de manejos adequados a tal fim (Cruz et al., 2004, 2005; Alves & Freitas, 2006; Bomfim et al., 2014; Freitas et al., 2014).

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