É hora de vacinar as abelhas.
Fonte: Revista Isto È número 2764 de 25/01/2023 por Carlos Eduardo Fraga – Estagiário sob supervisão de Thales de Menezes – foto Adobe Stock
EUA usam o primeiro imunizante para insetos. Injetada na colmeia, a vacina passa da rainha aos ovos e ajuda a evitar doença bacteriana que pode colaborar na extinção da espécie.
A vacina foi desenvolvida para combater a bactéria Paenibacillus Larvae, conhecida como Loque Americana ou, no Brasil, Cria Pútrida Americana. Ela infecta as abelhas ainda em sua fase larval, causando o declínio da colmeia.
Na impossibilidade de vacinação individual, praticada nos rebanhos nas fazendas, o tratamento é feito através da tecnologia de biogenética de preparação imunológica transgeracional, que espalha a imunização pela reprodução da rainha, em espécies como abelhas e formigas.
A vacina contém uma versão morta da bactéria e é injetada na colmeia. Trata-se de um “docinho”, que será ingerido pelas abelhas operárias. O imunizante é secretado pelas operárias na fabricação da geleia real, néctar que irá alimentar a rainha da colmeia e as larvas. A vacina se deposita nos ovários da rainha e é transferida para os ovos em desenvolvimento, e as larvas eclodem vacinadas e imunes à infecção.
As abelhas estão sob ameaça de extinção. A destruição de habitats naturais, como florestas e pradarias, e os pesticidas podem afetar a espécie. Além disso, também estão sendo atacadas por doenças e parasitas, como varroose e o vírus de dequeenamento. E as mudanças climáticas estão alterando padrões de floração, mudando as condições climáticas ideais para a polinização feita pelas abelhas.