AFINAL, EXISTE SOLUÇÃO?
A apicultura e a meliponicultura mundial enfrentam um grave problema que é a mortalidade das abelhas.
Este é um assunto que vem preocupando governantes, autoridades, pesquisadores, apicultores e meliponicultores em todos os países.
No Brasil a mortalidade vem ocorrendo atingindo diretamente os apicultores profissionais que, por força de ofício, são obrigados a praticar a apicultura migratória.
Inegavelmente, entre-nos, a mortalidade das abelhas está ligada, em grande parte, a utilização e aplicação, em larga escala, dos agrotóxicos, nas propriedades rurais exploradas pelos apicultores profissionais.
O Estado de São Paulo, numa iniciativa do Deputado Estadual Padre Afonso Lobato, do PV que apresentou dois Projetos de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa, o
PL 405/2016 que trata da proibição da pulverização aérea dos defensivos agrícolas no Estado de São Paulo e o PL 406/2106 que trata da proibição do uso e comercialização de defensivos agrícolas que contenham Clotianidina, Tiametoxam e Imidaclopride em sua composição, o assunto vem sendo amplamente discutido em reuniões e audiências públicas.
Tanto o representante das indústrias de agrotóxicos, bem como, o representante da Aviação Agrícola concorda que os agrotóxicos, se atingirem as abelhas, são letais para elas.
A APACAME tem comparecido a todas as reuniões e audiências buscando uma solução para este grave problema.
Não podemos esquecer que a utilização dos agrotóxicos tem afetado o Meio-Ambiente como um todo causando sérios problemas à Fauna, rios, lençóis freáticos e principalmente às pessoas que trabalham nas propriedades rurais ou vivem no entorno das áreas pulverizadas.
Evidentemente que o nosso foco nas reuniões e audiências públicas são as abelhas Apis e as Abelhas Indígenas Sem Ferrão.
Como o assunto atinge todo o País acredito que todos os Estados da Federação deveriam tomar iniciativas como a do Deputado Padre Afonso Lobato que forçou a aproximação das partes envolvidas, num diálogo civilizado, no intuito de se achar uma solução para o problema.
Afinal, existe solução?
Constantino Zara Filho – Presidente Executivo