Estrutura e Programação do Evento

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Radamés Zovaro – Empresário apícola e Diretor Técnico da Apacame

Mais uma vez pudemos participar do Congresso de Apicultura, desta feita no XXII Congresso Brasileiro de Apicultura e VIII Congresso Brasileiro de Meliponicultura, que foram realizados na cidade de Joinville, localizada no estado de Santa Catarina entre os dias 16 e 19 de maio de 2018.

O Estado de Santa Catarina já promoveu quatro Congressos (incluindo este), sendo que, o primeiro doe stado, também foi o Primeiro Congresso Brasileiro e foi realizado em 1970, os outros foram realizados nos anos de 1984 e 2000, na cidade de Florianópolis/SC e em todos marcamos presença.

Salientamos também que a organização deste Congresso, foi da FAASC – Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina e teve apoio do Governo do Estado, do Governo Municipal de Joinville e de outras entidades, como Instituto Federal Catarinense, UNITAU, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, SEBRAE, SENAR, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além da Associação dos Apicultores de Joinville – APIVILLE.

Acreditamos que esse Congresso bateu o recorde de temas abordados, uma vez que foram realizadas13 (treze) Palestras; 28 (vinte e oito) Mesas Redondas; 28 (vinte e oito) Mini Curso; 14 (quatorze) Oficinas e 2 (duas) reuniões Plenárias, abordando todos os temas da apicultura brasileira.

A presença foi muito boa e acredito que todos os Estados estavam representados.

As palestras foram muito boas, infelizmente não é possível assistir a todas, porém, algumas me chamaram mais a atenção:

1 – Agrotóxicos e abelhas;

2 – Fatores que contribuem para a mortandade das abelhas em apiários.

Outras palestras também foram importantes, mas essas duas ocuparam todos os assentos disponíveis, justamente porque o tema sobre agrotóxicos é o que está mais presente em todas as reuniões da área apícola. Infelizmente a mortandade de abelhas por agrotóxicos é um tema obrigatório em função do problema que causa e afeta, ou seja, a mortandade das abelhas, e consequentemente um prejuízo enorme ao apicultor

A área da Exposição também foi muito boa, um grande número de empresas se apresentaram, chamando mais atenção os equipamentos de Inox, como Centrifugas para 120 quadros, desoperculador de favos, também automatizados, e outros equipamentos demonstrando que a indústria brasileira esta se aprimorando e melhorando a qualidade dos equipamentos e materiais utilizados na apicultura.

O artesanato apícola também se fez presente e um item que chamou a atenção foram as colmeias produzidas de cerâmica para as abelhas melíponas, bastante interessantes e bonitas, dando um toque especial ao meliponário.

No último dia, visitamos a empresa Breyer e Cia Ltda. – Entreposto de mel e cera de Abelhas, localizada em União da Vitoria – PR. Empresa exportadora de mel, além de produzir produtos à base de própolis para atender o mercado interno.

Fomos recepcionados pelos proprietários, (Irmãos Breyer), e tivemos a possibilidade de conhecer toda a empresa e receber as explicações e informações a respeito do mercado.

Na volta, passando pela cidade de Mafra/SC e aproveitamos para visitar as instalações da família Somer, de origem alemã e com um grande trabalho com abelhas de longa data.

Foram apresentadas as instalações e tivemos uma pequena orientação sobre a criação de rainhas.

É interessante notar que no Congresso havia uma área onde foi usado para montar um Museu da História apícola de Santa Catarina. Também nas 2 (duas) visitas que tivemos foi nos apresentado um museu de cada empresa, ou seja, de cada família. Isso vem demonstrar a importância do passado para viver no presente e futuro.

Finalizando devo dizer que foi um Congresso muito bem organizado, seguindo os horários com rigidez, onde todos tiveram oportunidade de tirar suas dúvidas e com certeza os participantes receberam muitas informações positivas, esperando que estas possam ser utilizadas em beneficio da Apicultura Brasileira para seu aprimoramento.

UM POUCO DA HISTÓRIA 

A maior parte do território onde está localizado o município de Joinville constava do dote que François Ferdinand Phillipe, Príncipe de Joinville e filho de Louis Phillipe, Rei da França, recebera em 1.834 por ocasião de seu casamento com a Princesa Francisca Carolina, irmã de D. Pedro II. Assim quando à 9 de março de 1.851 chegaram os primeiros imigrantes alemães, suíços e noruegueses a bordo da barca Colon, efetivou-se a fundação da nova comunidade com a denominação de Colônia Dona Francisca.

Em 1.852, a Colônia passou a denominar-se Joinville, em homenagem ao Príncipe que cedera parte das terras para a colonização. Essa é, portanto, a razão histórica pela qual Joinville é também conhecida como a Cidade dos Príncipes, o que lhe confere certa característica de nobreza. Com um passado rico em valores culturais e guardando as marcas de sua origem, a cidade abriga hoje uma população de 500 mil habitantes e detêm o maior parque fabril do estado, constituindo-se num dos mais importantes polos industriais do País. No entanto, a cidade é acolhedora e humana, com suas casas típicas, seus verdes e suas flores. Centro cultural de grande importância no cenário nacional, marca a sua presença nas Artes Plásticas, em seus museus, oferece um acervo dos mais valiosos.

A tradição do trabalho herdada dos imigrantes constrói a Manchester Catarinense.

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