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A APACAME FOI A SERGIPE CONGRESSOS: II DE MELIPONICULTURA E XVI DE APICULTURA

Texto: Carlos Augusto Priedols.

Vista panorâmica do local onde aconteceram os Congressos
A bela e receptiva Aracajú, Capital do Estado de Sergipe, hospedou de 22 a 25 de maio de 2006, os Congressos Brasileiros: II de Meliponicultura e XVI de Apicultura. A APACAME convidada compareceu, assinou o ponto e participou. A realização do Evento foi da Confederação Brasileira de Apicultura e a Federação Apícola de Sergipe, contando com o patrocínio do SEBRAE - SE e apoio de outras Entidades.

O tema central do congresso "50 Anos de Abelha Africanizada" e que refletiu em alguns dos trabalhos apresentados por pesquisadores, técnicos e apicultores esgotando o assunto de ponta a ponta.

Na abertura do Evento foi observado um minuto de silencia em homenagem ao pesquisador Antonio Carlos Stort, falecido em 2005.

Abertura do Evento:


O Presidente dos Congressos
Sr. José Soares de Aragão Brito
faz o seu pronunciamento
durante a abertura do evento.
Pronunciamento de algumas das autoridades presentes na abertura do evento:

Pronunciamento do Presidente do XVI Congresso Brasileiro de Apicultura e II Congresso Brasileiro de Meliponicultura realizado de 22 a 25 de maio de 2006, na cidade de Aracajú - SE, Sr. José Soares de Aragão Brito, por ocasião da abertura do Evento.

Após os cumprimentos de praxe assim se pronunciou:

"Para nós sergipanos é motivo de muito orgulho sediarmos o XVI Congresso Brasileiro de Apicultura e o II Congresso de Meliponicultura.

2º Congresso Brasileiro
de Meliponicultura


Primeiramente, em nome da Federação das Associações de Apicultores de Sergipe, quero agradecer aos parceiros que viabilizaram este congresso: SEBRAE NACIONAL; SEBRAE de Sergipe; Governo do Estado de Sergipe; Secretaria de Estado de Agricultura de Sergipe; Banco do Estado de Sergipe; Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário; Fundação Banco do Brasil; SENAR; Instituto Xingo; Banco do Nordeste e Petrobrás.

A apicultura nacional ocupa um lugar de destaque no agronegócio. Tem uma produção atual de 40.000 toneladas ano, gerando milhares de empregos diretos.

Particularmente em nosso Estado temos trabalhado de forma incessante priorizando a organização dos apicultores, dando-lhes conhecimento básicos que norteiam a cadeia produtiva do mel e dos produtos da colméia.

A Capacitação é aspecto preponderante, pois o nosso objetivo é oferecer ao mercado um produto de qualidade, a fim de podermos criar uma marca de seja identificada e consumida dentro dos padrões de mercado, principalmente dentro dos aspectos sanitários. Neste aspecto queremos agradecer ao SEBRAE -SE pelo apoio e Capacitação dos nossos apicultores, custeando todos os cursos e consultorias, graças a sensibilidade do Superintendente Décio Guimarães e demais membros, o que agradecemos na pessoa de Marianita Mendonça.

Queremos falar do mel e produtos da colméia como alimento extremamente natural, sobre as propriedades curativas, por se tratar de um produto ecologicamente correto, pois o seu sistema de produção preserva o meio ambiente.

Caravana da APACAME nos Congressos: II de Meliponicultura
e XVI de Apicultura. Sendo a abertura à noite
se fez necessárias duas fotos, de ângulos diferentes
para mostrar os participantes.


Segundo dados do IBGE aproximadamente 40 milhões de brasileiros não se alimentam regularmente, estando na linha da pobreza, principalmente na região nordeste. É inadmissível, num país como o nosso, que esse fato nos fere de vergonha, pela falta de sensibilidade dos governantes, em resolver políticas públicas e gerar empregos e renda para as pessoas.

Somos a maior área agricultável do mundo. Temos hoje o maior rebanho bovino. O agronegócio brasileiro tem mantido o superávit da balança comercial. Entretanto, os produtores rurais são tratados como marginais, não recebendo um tratamento digno do Governo Federal.

Se, temos excesso de produção, não temos política justa de compra e estocagem do produto. As taxas de juros para o setor primário são aviltantes, principalmente no nordeste brasileiro. Pela dimensão territorial do Brasil temos que ter recursos financeiros com taxas de juros diferenciadas. O sistema de produção do nordeste é diferente, das demais regiões, principalmente do Sul e do Sudeste. Tem-se que oferecer crédito com juros compatíveis à nossa realidade climática.

Infelizmente o que temos assistido deste Governo é uma constante ameaça aos produtores rurais que, por dificuldades, não conseguiram honrar seus compromissos, sendo ameaçados pelos agentes financeiros. Quando se estava conseguindo uma proposta para a renegociação da dívida o Presidente da República, em desrespeito ao Congresso Nacional, vetou totalmente a proposta. Mais uma vez a Câmara dos Deputados aprovou outra Proposta que está para ser votada pelo Senado. Esperamos que sua Excia., o Presidente da República, sancione a Lei para que os verdadeiros produtores rurais desse país renegociem suas dívidas e se tornem aptos para produzir.

Senhoras e senhores este nosso desabafo é porque vemos constantemente a situação de Sergipe. Nós pequenos produtores e se incluem os apicultores brasileiros, queremos produzir bem, um produto de qualidade, ecologicamente correto, economicamente viável. Queremos exercer uma atividade para termos uma vida digna para nossas famílias.

Imagine os senhores: um governo que prega tanto pelo social, o combate à desnutrição e a fome, porque não colocar o mel na Merenda Escolar. Além de ser um suplemento alimentar de qualidade os produtores teriam uma renda satisfatória e os recursos circulariam no próprio município, em vez da famigerada Bolsa Família, que vicia o cidadão, criar-se-ia a Bolsa do Pequeno Produtor.

Infelizmente, os mais de 1.500 municípios brasileiros preferem a Merenda Escolar, talvez por ser mais fácil manusear os recursos criando-se assim os "mensalões" e "sanguesugas".

Queremos, neste momento, ressaltar o papel da Senadora Maria Alves, autora da Lei 6.990, de 03/12/2004 que insere a Apicultura nas Políticas Públicas.

Portanto, esperamos que neste Congresso possamos fazer uma reflexão do sistema de produção nacional. Tenho a convicção da importância da Apicultura na preservação do meio ambiente e na geração de empregos. Esperamos nestes dias de convivência debatermos em alto nível as Propostas apresentadas.

Aos palestrantes nossas boas vindas. Aos visitantes recebemos de braços abertos. Aproveitem as delícias desta terra maravilhosa e de seu povo hospitaleiro. Aos nossos conterrâneos e demais participantes desejamos um evento promissor.

Agradeço aos meus familiares que me apoiaram nesta empreitada.

Finalmente à Comissão Científica e à Comissão de Organização nossos sinceros agradecimentos.

Boa Noite".

Pronunciamento do Diretor do SEBRAE NACIONAL no XVI Congresso Brasileiro de Apicultura e II Congresso Brasileiro de Meliponicultura, realizado de 22 a 25 de maio de 2006, na cidade de Aracajú - SE, Sr. Luiz Carlos Barbosa, por ocasião da abertura do Evento.

Após os cumprimentos de praxe assim se pronunciou:

"Nós, do SEBRAE, sabemos o quanto é importante a Apicultura para a chamada inclusão sócio produtiva. Nós que temos percorrido o Brasil, em 22 Estados nós temos Projetos apoiados pelo SEBRAE, sabemos que estamos beneficiando exatamente aqueles mais necessitados e transformando, as vezes, estas dificuldades, levando conhecimento, levando oportunidade, fazendo com que estas pessoas possam ter ocupação, possam ter renda e participar de maneira efetiva do desenvolvimento dos seus municípios, das suas regiões, dos seus estados e do Brasil.

A estimativa diz respeito a 350.000 pessoas envolvidas em toda a cadeia produtiva da apicultura, especificamente aos Projetos que estão apoiados pelo SEBRAE, 39 Projetos apoiados em todo o Brasil, nós estamos beneficiando diretamente 12.875 pessoas.

É efetivamente um dos segmentos apoiados pelo SEBRAE, onde nós conseguimos mais atingir as pessoas no sentido de trazer-lhes benefícios através da Capacitação, no acesso à Tecnologia e fazer como seus produtos cheguem ao mercado e isto se transforme em riqueza distribuída de maneira mais justa, porque nós estamos falando aqui de Projetos que alcançam 418 municípios em Todo o Brasil e também o desenvolvimento de maneira distribuída, justa, chegando exatamente naqueles que devem atingir.

O SEBRAE através destes 39 Projetos está investindo diretamente recursos do sistema SEBRAE, cerca de 20 milhões de reais, e que se soma a todos os parceiros, são mais de 200 parceiros, principalmente das Associações e as Cooperativas de Apicultores, mas muitas outras entidades de apoio, tanto recursos financeiros e apoio tecnológico o que mobiliza mais 40 outros milhões de reais, fazendo com que estes projetos tenham metas bem definidas, discutidas de maneira democrática e participativa com os apicultores, metas estas estabelecidas até o ano de 2008.

Então o compromisso do SEBRAE não é apenas aqui, agora. É um compromisso que já vem de alguns anos, mas que temos como absoluta certeza, o compromisso de continuidade de apoio por muitos e muitos anos que vêm à frente, até que consigamos consolidar a apicultura no Brasil.

Nós sabemos que, muitas vezes, estas notícias nos fazem sofrer, mas também nos fazem refletir, pensar e encontrar oportunidades e, esse momento, vivido desde o final do ano passado, tem sido extremamente pródigo e, tem sido fértil, no sentido de estarmos examinando propostas adequadas, de estarmos fazendo com que desconcentremos a colocação de grande parte da produção apícola do Brasil.

Vamos desconcentrar tanto em termos de mercados externos, mas também, vamos ampliar o consumo interno. Aqui foi dito em 60 gramas ano de consumo de mel por pessoa brasileira. Isto é extremamente pouco. Nós podemos, ao longo de alguns anos, com estratégias bem estabelecidas, estar multiplicando muitas vezes esse consumo interno.

A final de contas o que nós estamos explorando do potencial apícola do Brasil é muito pouco, perto de 15% do que nós poderíamos estar produzindo. Mas, através de trabalho de incentivo, de estimulo, na área de culinária e doces que utilizam mel, a substituição de produtos que hoje utilizam em sua produção industrial, produtos artificiais, fazendo com que parte, de uma maneira competitiva, passe a utilizar o mel.

O SEBRAE vai estar ao lado de todos os apicultores brasileiros realizando rodadas de negócios, estudos, inclusive um estudo feito agora e que vai ser divulgado, diz respeito exatamente ao mercado do mel. Nós precisamos estar conhecendo muito melhor todo esse mercado nacional e internacional para que se possa definir de maneira muito clara, objetiva, correta, todas as ações e estratégias no sentido de dar mais sustentabilidade, de uma regularidade em termos da colocação da produção brasileira de mel. Também, estaremos lançando, durante o Congresso, uma revista, de uma série: SEBRAE AGRONEGÓCIO, edição de maio, mas que é inteiramente dedicada à Apicultura e discutir exatamente os desafios da apicultura brasileira.

Nós temos muitas idéias e ações daquilo que poderemos mais fazer, ainda, através do apoio do SEBRAE junto a todos os apicultores. Estas ações estarão sendo discutidas com todos vocês em cada um dos grupos gestores destes 39 projetos em todo o Brasil.

Vamos efetivamente cerrar forças, fazer com que os esforços de todos nós possa estar canalizado para enfrentar esta crise. Nós temos absoluta confiança e certeza que vamos sair muito mais fortes, muito mais competitivos e em pouco tempo e, é com essa certeza que o SEBRAE se coloca mais uma vez como parceiro da apicultura brasileira. Muito obrigado."

Pronunciamento do Ministro Interino de Agricultura no XVI Congresso Brasileiro de Apicultura e II Congresso Brasileiro de Meliponicultura, realizado de 22 a 25 de maio de 2006, na cidade de Aracajú - SE, Sr. Luiz Carlos Guedes Pinto, por ocasião da abertura do Evento.

Após os cumprimentos de praxe assim se pronunciou:

"Inicialmente quero prestar uma homenagem especial ao Prof. Dr. Warwick Estevam Kerr, aqui presente, pelos relevantes serviços prestados à Apicultura Brasileira.

Quero dizer que o Ministro Roberto Rodrigues tem estado presente em todos os congressos que ocorrem no Brasil e também nas instalações das Câmaras Setoriais do ministério, que é o que viemos fazer nesta noite, com a instalação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos Apícolas mas, infelizmente o Ministro Roberto Rodrigues encontra-se no exterior, razão pela qual ele não está aqui em Aracajú, prestigiando a abertura desse congresso e a instalação da Câmara Setorial.

Nós não podemos deixar de comentar essa dificuldade momentânea que a apicultura brasileira atravessa.

Em primeiro lugar eu acho que cabe recordar que a agricultura, como todos vocês sabem, pela sua própria natureza, pelo caráter biológico da produção agrícola, pelo caráter cíclico da produção agrícola, que a diferencia da produção industrial e que exige uma política agrícola diferenciada.

O que se viu nos últimos dois anos na agricultura brasileira foi o auge de um ciclo com preços internacionais e internos elevados e a questão do câmbio, numa conjugação de fatores extremamente favoráveis.

Agora estamos no pior momento desse ciclo. Estamos tendo grandes safras em todo o mundo o que leva a uma queda nos preços além do problema do câmbio desfavorável às exportações o que extrapola a competência do Ministério da Agricultura. Essa conjunção de fatores leva a agricultura brasileira a uma das maiores crises das últimas décadas. Temos a certeza de que iremos superar esta crise e vamos tirar ensinamentos com ela.

Uma coisa é certa, a estrutura do Ministério da Agricultura não estava preparada para absorver o crescimento da agricultura nos últimos anos.

Houve um desmonte da Assistência Técnica e da Extensão Rural do Brasil.

Já se comentou aqui sobre as análises de resíduo no mel. Todos sabem que o mel brasileiro é de excelente qualidade, mas nós não nos preparamos e não preparamos nossos laboratórios nem o Ministério da Agricultura para atender a demanda da União Européia em relação a essas análises de resíduos.

Especificamente a esse problema do mel, o Ministério da Agricultura estará mandando uma Missão Brasileira para a União Européia para discutir esse problema.

Paralelamente estamos incluindo o mel no Programa Nacional de Controle de Resíduos. O Ministério da Agricultura elaborou juntamente com representantes do setor privado o Plano para a Prática Produtiva, a fim de se obter maior controle de qualidade do mel.

Estamos fazendo aquisições tendo em vista que o Orçamento de 2005 está sendo liberado agora. Somente agora poderemos investir nos nossos laboratórios para poder adequá-los para a realização das análises solicitadas pela Comunidade Européia.

Estamos trabalhando para a validação das técnicas de análises dos laboratórios credenciados e no credenciamento de novos laboratórios para poder atuar neste Plano Nacional em relação aos resíduos.

Estamos investindo em treinamento e capacitação contínua dos nossos técnicos de laboratório.

Com isto não estamos querendo justificar, mas compartilhar com os senhores as dificuldades que atravessamos. Infelizmente temos problemas sérios no Ministério da Agricultura que não se preparou para acompanhar a evolução da agricultura, razão pela qual a Administração do Ministro Roberto Rodrigues procurou tomar uma série de iniciativas no sentido de poder responder mais adequadamente.

Uma delas foi a criação da Assessoria de Gestão Estratégica para fazer análises de longo prazo para que possamos enfrentar ou diminuir os impactos desses ciclos naturais da atividade agropecuária.

Outra é a criação das Câmaras Setoriais, e hoje o Ministério da Agricultura conta com 26 Câmaras que estabelecem uma comunicação direta do setor privado com o setor público, no intuito de criar políticas para o desenvolvimento dos diversos segmentos.

E, hoje eu tenho a satisfação de anunciar a Instalação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos Apícolas. Eu não tenho dúvida alguma da importância desse trabalho.

Agradeço a todos. Muito obrigado."

Homenagem

O professor Dr. Lionel Segui Gonçalves
mostra a placa comemorativa enquanto
o homenageado Prof. Dr. Warwick Estevam
Kerr faz o seu pronunciamento .


O Prof. Dr. Warwick Estevam Kerr, considerado o "Pai da Abelha Africanizada", pelas suas inúmeras pesquisas, estudos e trabalhos científicos publicados; abrangendo as duas abelhas; a nativa e a exótica melífica, foi solenemente homenageado.

Vista parcial do local onde eram
realizadas as Clínicas Tecnológicas.


As conferências, simpósios e palestras tiveram como assuntos, entre outros: a ecologia, a florada, o ambiente, o equipamento, as técnicas de manejo e os produtos obtidos das abelhas. O núcleo central destes trabalhos objetivava a qualidade e quantidade dos produtos apícolas. O ambiente dos Congressos foi saturado com a idéia e objetivo: qualidade e quantidade.



Clínicas Tecnológicas e Mini-Cursos


Profa. Dra. Etelvina Conceição Almeida
da Silva ministra uma Clínica Tecnologia
sobre Técnicas de Substituição de Rainhas..


A par das conferências e palestras funcionaram os Mini-Cursos e Clínicas Tecnológicas, visando quem realmente põe a mão na colméia. O número de inscritos participantes, dispensa comentários sobre o alcance e utilidade das instituições destas atividades nos congressos. Número de participantes das Clínicas Tecnológicas: 850 participantes distribuídos em 6 temas. Número de participantes nos Mini-Cursos: 397 distribuídos em 9 temas.









EXPOAPIS 2006




A EXPOAPIS 2006, muito freqüentada, não apresentou grandes novidades no sentido de inovação ou novos inventos. Entretanto, há que se destacar a enorme melhoria apresentada no acabamento e observância das medidas "Padrão" dos equipamentos, materiais e máquinas expostos. A qualidade já é um fato.

Rodadas de Negócio

Durante o Evento foram realizadas Rodadas de Negócios que resultaram em R$ 2.71.800,0 em negócios realizados e perspectiva de futuros negócios no valor de R$ 1.023.000,00.

Participaram das Rodadas de Negócios:
14 Empresas âncoras;
106 Empresas Ofertantes
213 Encontros realizados.

Confraternização

Da esquerda para a direita:
Edison de Cruz Castro, do Piauí;
Roberto Veronese, do Rio Grande
do Sul e Constantino Zara Filho
de São Paulo.

Da esquerda para a direita:
Edison de Cruz Castro; Prof. Dr.
Warwick Estevam Kerr, Constantino
Zara Filho e Walter Moretti,
Vice-Presidente da APACAME - SP.
Uma das grandes satisfações em participar de um Congresso é a confraternização entre os participantes e poder encontrar velhos amigos e fazer novos.

Assembléia Ordinária da Confederação Brasileira de Apicultura - CBA.

No dia 24 de maio de 2006, às 19:00 horas, foi realizada a Assembléia Ordinária da Confederação Brasileira de Apicultura - CBA que constou com a aprovação das Contas da Administração que se encerrava e eleição da nova administração.

Sendo apresentada Chapa Única foram eleitos por aclamação os seguintes companheiros:

Presidente: José Gumercindo Corrêa da Cunha:

Primeiro Vice-Presidente: Irone Martins de Sampaio

Segundo Vice Presidente: Antonio Leopoldino Dantas Filho

Em pé, da esquerda para a direita:
Antonio Leopoldino Dantas Filho,
eleito o 2o Vice Presidente da CBA;
José Gumercindo Corrêa da Cunha,
eleito Presidente da CBA ;
Irone Martins de Sampaio,
eleito 2o Vice Presidente a CBA,
durante a reunião da nova Diretoria
realizada no dia 25 de maio de 2006.


Tesoureiro: Anselmo Kuhn

Conselho Fiscal:

Titulares: Reginaldo Souza Lima, Waldemar Belchior Filho, José Soares dee Aragão Filho.

Suplentes: Paulo Sérgio Barcelos Pimentel, Lenilson Alves de Sena.

Ainda na reunião da C.B.A . foram aprovados:

O Estado de Mato Grosso para sediar o XVIII Congresso Brasileiro de Apicultura e IV Congresso de Meliponicultura que será realizado no ano de 2.010.

A cidade de Salvador - BA para sediar o 41o Congresso Internacional da APIMONDIA. Esta será uma empreitada difícil ante os candidatos internacionais que concorrem para sediar este importante evento internacional apícola. Os desafios nos estimulam. Vamos nos preparar para fazer uma boa representação.

1a Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos Apícolas


Da esquerda para a direita:
Sr. Joail Humberto Rocha de Abreu,
Presidente da C.B.A., Sr. Duarte Vilela,
durante o seu pronunciamento e o
Sr. Alberto Gomes da Silva Júnior,
Secretário Executivo da Câmara,
pelo Setor público.

Um público expressivo compareceu
à 1a Reunião Ordinária
da Câmara setorial.
Realizou-se no dia 23 de maio de 2006, das 10:00 às 13:00 horas a 1a Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos Apícolas para o cumprimento de uma vasta Pauta de Trabalho.

Houve a mensagem de Boas Vindas por parte do Sr. Duarte Vilela - Coordenador-Geral de Apoio às Câmaras Setoriais e Temáticas;

Apresentação do Panorama e Perspectivas da Apicultura Nacional por parte do Sr. Joail Humberto Rocha de Abreu, Presidente da C.B.A .

Comentários sobre o Embargo ao mel brasileiro - Situação atual e Perspectiva por parte do Sr. Adauto Lima Rodrigues - Coordenador de Controle de Resíduos e Contaminantes - SDA.

Outros assuntos.

Embargo ao mel brasileiro pela União Européia.


Da esquerda para a direita:
Tarciano.S. Silva; Dr. Kurt-Peter Raezke;
Dr. Marcelo Bonne, do Ministério
da Agricultora (jurídico);
Dr. Adauto Lima Rodrigues
do Ministério da Agricultura
e José Henrique Fernandes Faraldo,
Presidente da Associação Brasileira dos
Exportadores de Mel - ABEMEL,
durante a reunião ocorrida na tarde do
dia 23 de maio de 2006, sobre o Embargo
ao Mel Brasileiro imposto
pela Comunidade Européia.
POR QUE PERDEMOS O MERCADO EUROPEU ?
Texto: Tarciano S. Silva

É desnecessário comentar a comoção que tomou conta da apicultura brasileira ao ser anunciado o embargo do mel brasileiro para o mercado europeu.

Justamente o mercado responsável por 77% do mel brasileiro exportado.

E as perguntas pipocaram de todas as regiões:

Não é o mel brasileiro o melhor do mundo? Não é o único isento de resíduo de agrotóxicos e antibióticos? Os europeus não adoram o nosso mel e vivem correndo atrás dele?

Quanta ilusão.

Apenas as empresas importadoras conhecem o nosso mel. O consumidor europeu, infelizmente, não o conhece.

O mel brasileiro, ainda não tem nome na comunidade européia.

Poderá ser o melhor mel do mundo, mas para isto temos que caminhar muito.

Provavelmente é isento de resíduo de agrotóxico.

MAS NÓS JÀ PROVAMOS QUE O NOSSO MEL É ISENTO DE RESÍDUO DE AGROTÓXICOS E ANTIBIÓTICOS??

Pois aqui é que está o nó da questão.

Para a Comunidade Européia não interessa dizer que nosso mel está isento de resíduos contaminantes. Eles querem a prova e mais que isto, o que eles querem mesmo é um MONITORAMENTO para prevenir qualquer tipo de contaminação residual que possa vir acontecer no futuro.

Em razão disto, em 2003, o Governo Brasileiro assinou junto à Comunidade Européia, um protocolo comprometendo-se a estabelecer um plano de monitoramento de resíduos para enquadrar o mel brasileiro às normas Européias.

Infelizmente o Governo brasileiro, representado pelo Ministério da Agricultura, não cumpriu o protocolado e em razão disto, a missão européia em sua última visita, em novembro de 2005, comprovou o não cumprimento do acordo e no início de 2006, determinou a suspensão do mel brasileiro para a comunidade européia.

O Governo não fez o dever de casa e agora nós temos que correr atrás do prejuízo.

Notem bem a diferença.

Antes, quando a China estava fora do mercado, a Comunidade Européia necessitava e queria comprar o nosso mel.

Agora não é a Comunidade Européia que quer comprar o nosso mel. Nós é que queremos e temos que vendê-lo.

E o pior é que o Brasil não dispõe de laboratórios capacitados e credenciados junto ao Ministério da Agricultura para realizar as análises exigidas pela Comunidade Européia.

A primeira providência do MAPA, foi até certo ponto trágica. Credenciou um único Laboratório em todo o País, Laboratório Microbióticos para a realização apenas de analises de Sulfas (Sulfatiazol, Sulfadimetoxina e Sulfametazina), oxitetraciclina, tetraciclina e clortetraciclina.

O referido laboratório estabeleceu um preço 9,6 vezes mais elevado do que o preço cobrado pelo mais importante laboratório de controle de resíduos de mel da União Européia e com um espectro de analises 5 vezes menor.

Para melhor entender, o laboratório Europeu analisa Sulfas com 15 espectro (diferentes tipos de sulfas) e não três, como o laboratório brasileiro tem condições de realizar.

O valor das análises do Laboratório Europeu é de Euro 82,00 aproximadamente R$ 213,00, enquanto o preço inicial do laboratório brasileiro era R$ 1.971,12, e só após o setor espernear muito, o laboratório nacional baixou o valor para R$ 985,56, o que ainda é um absurdo.

Felizmente uma luz no final do túnel começou a aparecer, durante o XVI Congresso Brasileiro de Apicultura realizado em Aracajú.

Durante 03 dias, técnicos do Ministério da Agricultura e os empresários do setor estiveram reunidos para encontrar uma solução.

Numa cooperação entre as empresas Apis Nativa (Prodapys) de Santa Catarina e da Cearapi do Ceará, foi:

Organizada a vinda do Dr. Kurt-Peter Raezke responsável pelo laboratório referência internacional em análises de resíduos de mel - Laboratório Applica da Alemanha.

Articulado junto aos organizadores do evento, uma palestra do Dr. Raezke com o tema "Resíduos em mel - O Regulamento do Mel Europeu e sua influência no controle de qualidade".

A realização de uma mesa redonda com a participação do Dr. Raezke sobre o tema "Bloqueio das Exportações Apícolas para a Europa e suas Conseqüências".

E mais importante, a realização de um workshop com o Dr. Raezke, como evento extra-oficial, tendo como tema "Resíduos no Mel: A Regulamentação de Mel Européia & Requerimentos para Controle de Qualidade e Metodologia Analíticas" com a participação de técnicos do MAPA da área de Resíduos e de Credenciamento de Laboratórios (CGAL) e técnicos de laboratórios oficiais.

Neste workshop, após uma palestra do Dr. Raezke, o assunto foi debatido detalhadamente e solucionadas as dúvidas dos técnicos e demais interessados.

O Dr. Raezke colocou seu laboratório à disposição para que técnicos de laboratórios oficiais pudessem acompanhar, por uma semana, a metodologia do Applica para resíduos no mel, desde que estes técnicos tenham proficiência em Inglês e experiências em análises..

Após discussão entre o Setor, técnicos do MAPA e Dr. Raezke,conclui-se que a solução seria um termo de cooperação técnica entre o MAPA , o Setor e o Applica.

Infelizmente, apesar de o Applica ser credenciado internacional e seu credenciamento ser reconhecido pelo Inmetro, este credenciamento não é valido para o MAPA e como conseqüências, as análises serão feitas em duplicatas, pois a Comunidade Européia não tem confiança nos resultados das análises dos laboratórios nacionais.

Esta desconfiança é decorrência da inspeção realizada em 2005 nos laboratórios oficiais e privados.

A FVO (Food and Veterinay Office) menciona que os laboratórios oficiais são obsoletos e os privados têm bons equipamentos, mas não possuem experiência na matriz mel.

O procedimento para a analise em duplicata será: uma amostra irá para um laboratório nacional com metodologia credenciada pelo MAPA e outra para o Applica.

E o Setor, ou melhor, nós exportadores teremos que arcar com as despesas das análises em duplicata. Na verdade estaremos pagando para os laboratórios nacionais os custos de analises interlaboratoriais, até que os laboratórios nacionais credenciados, estejam capacitados a realizar as análises com segurança.

E ainda não temos previsão de quando a rede de laboratório oficial irá ter condições de analisar nosso mel.

O MAPA tem como meta credenciar dois laboratórios para cada tipo de análise, credenciando no total, quatro laboratórios.

Na verdade, este procedimento de credenciar cada laboratório para fazer apenas 02 tipos de análise, traz algumas conseqüências negativas para o setor:

A principal é como não vai haver concorrência entre os laboratórios, fica fácil de entender que cada laboratório estabelecerá seu preço e por não existir concorrência, teremos e aceitar e ponto final.

O que aconteceu após o Congresso?

Após o congresso, sabemos que o MAPA vem trabalhando para resolver o problema do Setor, inclusive com visita a FVO em Bruxelas, porem, só voltou a se comunicar com o setor, no dia 16.06.06.

No dia 19 de junho houve uma reunião em Brasília para explicar o que tinha sido discutido com a FVO em Bruxelas e entregar uma proposta de Cooperação entre o Applica, a Abemel e o MAPA.

Esta proposta continua sendo estudada hoje no dia 23.06.06 e a Abemel pretende enviar uma contraproposta na próxima semana.

Até o momento o Applica ainda não recebeu as visitas e nem informações sobre as visitas de técnicos dos laboratórios oficiais para acompanhar as analises de resíduos.

Pelas ações feitas até o momento, será muito difícil o Brasil voltar a exportar, ainda este ano, para a Comunidade Européia .

Mas somos Brasileiros e não desistimos nunca.

Encerramento

Da esquerda para a direita:
o jovem Loafim Vieira, da
cidade de Lagarto - SE, o atual
Presidente da CBA José Gumercindo
Corrêa da Cunha, o apicultor Anton
Kaupa, da APACAME - SP e o
Prof. Dr. Darcet Costa Souza.

Resultado dos Concursos

CONCURSO PAINEL

10 Lugar
Trabalho N0 - 164
Título: Origem Botânica e Indicadores de Qualidade da Própolis Preta e Marrom, Produzida por Abelhas Apis mellifera no Estado de Minas Gerais
Autor: Esther Margarida A. F. Bastos

20 Lugar
Trabalho N0 - 57
Titulo: Meliponicultura como Alternativa de Desenvolvimento Sustentável de Igarapé-Açu no Estado do Pará
10 Autor: Silva, G. F. da

30 Lugar Lugar
Trabalho N0 - 139
Titulo: Comportamento Enxameatório em Abelhas Africanizadas Induzido por Temperatura com auxilio de Câmara de Controle de Temperatura, Sensores e Apidômetros
10 Autor: Almeida, G. F.

OBS: Só certificado (Menção Honrosa)

Trabalho N0 - 147
Título: Digestibilidade in vitro da Matéria Seca de Rações- Volumoso e Adição de Produtos LLOS* à Base de Própolis ou Ionóforo
10 Autor: Pontara , L. P. M

Trabalho N0 - 32 - Eficiência de Garrafas -Iscas na Captura de Enxames de Tetragonisca angustula
10 Autor: Malkowski, S. R

Trabalho N0 - 128
Título: Caracterização e Identificação da Adulteração de Amostras de Geléia Real por Espectrometrias de Massas
10 Autor: Cunha, I. B. S

CONCURSO LIVRO

10 Lugar:
Título: APICULTURA - Manual do Agente de Desenvolvimento Rural
Organizador: Darcet Costa Souza

OBS: Só certificado (Menção Honrosa)

Titulo: Série Meliponicultra N0s 01, 02, 03 04
Autor: Rogério Marcos de Oliveira Marcos e outros

Título: A produção de Própolis no Brasil
Autor: Mendelson Guerreiro de Lima

CONCURSO MEL

10 Lugar
Nome: Apiário Kundaline - Brasília
Proprietário: Ronaldo Ramos Santos

20 Lugar
Nome: Apiário Tio Gérson - Lageado/RS
Proprietário: Gerson A. Fenterseifer

30 Lugar
Nome:
Proprietário: Luis Fernando Baldoni- Campinas /SP

CONCURSO FOTOGRAFIA

10 Lugar
Nome: José Emídio Borges de Souza - Salvador/BA

CONCURSO VÍDEO

10 Lugar
Nome: COAPIVAC/COPERAFA - PORCIÚNCULA - RJ

CONCURSO MELHOR SOFTWARE

10 Lugar:
Nome: Aroni Sattler - Porto Alegre -RS

CONCURSO MELHOR RÓTULO

10 Lugar:
Nome: Luis Fernando de Aguiar - Amparo/SP

20 Lugar:
Nome: Nilo da Silva Macedo - Brasília/DF

30 Lugar:
Nome: Eugenio Lyssei- Saquarema/RJ

CARAVANA MAIOR E MAIS ANIMADA

10 Lugar: Caravanas do Tocantins e Bahia

Após a entrega dos prêmios foram homenageados:

O apicultor mais jovem presente ao congresso, o jovem Loafim Vieira;

E o apicultor mais idosos presente ao evento o Sr. Anton Kaupa

Em números redondos 2.411 congressistas passaram quatro dias em clima de congraçamento entre apicultores, técnicos, pesquisadores e outros interessados. Foram dois congressos brasileiros, mas que contaram com a presença de alguns estrangeiros requerendo tradução simultânea.

A idéia mais clara que se obtém do interesse pela atividade oferecida e apresentada pelos congressos foi a presença de apicultores vindos de Rondônia e do Rio Grande do Sul, os Estados mais distantes de Sergipe. Esta presença, como a de todos os demais compatriotas, mostra com clareza o avanço e a velocidade em que se encontra a atividade apícola brasileira.

Seria injusto não parabenizar as pessoas que foram envolvidas na projeção, montagem e realização dos dois eventos apícolas simultâneos, assim como os que fizeram parte das Comissões:

Comissão Executiva do XVI Congresso Brasileiro de Apicultura: José Soares de Aragão Brito (FAPISE); Marianita Mendonça Barreto Souza (SEBRAE); Luiz Genebaldo Caldas Lyrio(SENAR); Hortência Sotero de Santana(SAGRI); Ronaldo Fernandes Pereira(CODEVASF 4a SR).

Presidente de Honra: Joail Humberto Rocha de Abreu (CBA);

Presidente do XVI CBA: José Soares de Aragão Brito.

Comissão Técnico-Científica da CBA: Prof. Dr. Lionel Segui Gonçalves (USP/RP); Prof. Dr. Ademilson Espencer Agea Soares (USP/RP); Prof. Dr. Dejair Message (UFV); Prof. Dr. David de Jong (USP); Profa. Dra.Kátia P. Gramacho (FTC); Prof. Dr. Aroni Satler (UGGRS);

Comissão Técnico-Científica do XVI CBA: Prof. Dr. Edílson Divino de Araújo - Presidente (ITP/UNIT); Profa. Dra. Blandina Felipe Viana(UFBA); Prof. DR. Breno Magalhães Freitas (UFC); Prof. Dr. Darcet Costa Souza(UFPI); Profa. Dra. Elen Romilda de Fátima Michelette(UFS); Prof. Dr. Osmar Malaspina (IBRC/UNESP); Prof. Dr. Hunaldo Oliveira Silva (EAFSC/SE); Prof. Wilams Gomes dos Santos(EAFSC/SE);

Comissão Técnico-Científica do II Congresso Brasileiro de Meliponicultura: Profa. Dra. Marina Siqueira de Castro - Coordenadora (EBDA); Prof. DR. Giorgio Venturieri (EMBRAPA); Profa. Dra. Marilda Cortopassi Laurino(UFSC).

O Estado de Minas Gerais será o palco dos próximos Congressos em 2008. Até lá!!

C.A. Priedols.

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